Já não choras, meu menino
Já não choras, meu menino,
No silêncio da noite escura.
Já não choras, meu menino,
Deitado na palhinha dura.
Já não choras, meu menino,
Ouve-se agora o rasgar dos presentes.
Já não choras, meu menino,
Resta a falsidade e ódio entre parentes.
Já não choras, meu menino,
Abençoas dos miseráveis a fome.
Já não choras, meu menino,
Entristeces com os manjares que a nobreza consome.
Já não choras, meu menino,
Na azáfama da cidade a gritar.
Já não choras, meu menino,
Num mundo onde o amor não tem lugar.
Já não choras, meu menino,
Porque contigo morreu a piedade.
Volta para nós a chorar, meu menino,
Porque nos corações não mais há humanidade.
Inês Pereira, 12º C
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