Parabéns!
Dever-se-á educar as raparigas de forma
diferente dos rapazes?
As
divergências de direitos práticos atribuídos a homens e mulheres são hoje, cada
vez mais, camufladas. Desde o pós-guerra que a Mulher, de um modo geral, se tem
vindo a emancipar, adquirindo uma gradual representação nos cargos até então
ocupados exclusivamente por Homens. Não obstante, é necessário estar mais
atento para perceber que a questão hoje reside não na legislação, mas na
mentalidade da própria sociedade. A segregação social, sobretudo em termos
raciais e de género continua a ser constante. É certo que os Homens começam a
dividir a responsabilidade das lidas domésticas, mas este é um fenómeno
recente.
Quem devemos responsabilizar? Bem, os preconceitos
que impregnam a “sociedade patriarcal burguesa” que predominam na Civilização
Ocidental poderão ser o maior fator. Porém, onde é que as mulheres se tornaram
empoderadas, independentes do pai, do irmão ou do marido? Nas democracias
ocidentais, não no Oriente. Por outro lado, quantas sociedades matriarcais
prosperaram ao longo da História? Poucas, e a remanescente memória de tais
culturas era em pouco tempo apagada por invasores brutais, símbolo de
“masculinidade opressora”.
A questão
é que determinados preconceitos e limitações impostos à Mulher são perpetuados
com o ensino do que é ou não é certo para cada um dos géneros. Deste modo,
deveria dar-se mais alguma relevância ao papel de algumas Mulheres, de
personalidade singular, no ensino da História, por exemplo. Tal poderá consciencializar
os alunos e levá-los a pensar que o mundo em que vivem não foi exclusivamente
feito por Homens!
João Marques, nº 13, 8º B
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