Tão perto, mas tão distantes
O que observamos nesta figura é,
infelizmente, uma realidade: trata-se de uma visão das relações interpessoais
na atualidade.
Podemos reparar no contraste entre duas
gerações: uma de jovens, abstraídos no seu mundo “online”; outra, de idosos,
que aproveitam ao máximo cada momento do mundo que acham o melhor, isto é, a
afetividade. Os dois jovens, apesar de tão perto fisicamente, estão muito
distantes. Provavelmente não aproveitam a presença um do outro para exprimir
qualquer afeto ou simplesmente falarem pessoalmente. Trata-se de um cenário
desolador, mas reflete a realidade em que os mais novos demonstram uma”
filosofia do culto do fútil” e do individualismo. Não aproveitam os momentos e
prazeres únicos e irrepetíveis de uma vida. Estão, erroneamente, convictos de
que o que realmente importa é o “status” e o prestígio social que são
adquiridos com a exposição pública das suas vidas e da sua intimidade.
Devemos estar cientes de que isto não é
mera ficção negativista, é uma realidade cada vez mais presente na sociedade,
infiltrada como uma praga, que alastra rapidamente e que abate ou desvanece os
laços afetivos.
João Marques
Nº13- 8ºB
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