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sexta-feira, 29 de maio de 2015
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Robert Muchamore - Descontos
Até dia 14 de junho podes adquirir, na Bertrand Livreiros, livros do escritor Robert Muchamore com descontos, em Cartão Bertrand, de 30% e 40%.
Aproveita!
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Chegou o site da BE da EBS Dr. Vieira de Carvalho
Lança-se hoje o site da BE da EBS Dr. Vieira de Carvalho.
Este site, ao jeito de portal, congrega num único sítio na internet o acesso:
Este site, ao jeito de portal, congrega num único sítio na internet o acesso:
- à Biblioteca Digital (disponibilizando mais de 100 ebooks de obras em domínio público);
- ao blogue da biblioteca, em duas vertentes (destaques e a totalidade do blogue);
- á pesquisa no catálogo em linha, permitindo aceder a todas as informações relativas à coleção desta BE;
- um espaço para os utilizadores entrarem em contacto com a BE dando as suas opiniões e colocando todas as questões que achem pertinentes.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Professores e alunos
Professores e alunos
Há uns anos fiz uma investigação em várias escolas secundárias de Lisboa. Depois de ter analisado os problemas dos jovens que tinham feito tentativas de suicídio, quis saber o que pensavam sobre o tema alunos que nunca tivessem ido a uma consulta de Psiquiatria. Numa das escolas conheci uma professora do Conselho Executivo com quem travei um inesquecível diálogo.
Depois de lhe explicar o objetivo do estudo, pretendi falar com os estudantes. Respondeu-me que não valia a pena, poderia falar com muitos alunos na minha consulta hospitalar. Disse-lhe que queria falar com jovens… normais. Então encostou-se na cadeira, segurou os óculos de lentes grossas e disse-me: «NORMAIS?! Normais aqui nesta escola? Não existem!»
É preciso esclarecer pais e professores que a maioria dos jovens é normal, isto é, atravessa a adolescência sem perturbações emocionais graves. Em termos simples, direi que um adolescente normal tem dificuldades transitórias nas diversas tarefas de que tenho falado: relação com os pais e com os companheiros e questões ligadas ao amor e à sexualidade, mas não fica bloqueado no seu caminho para a idade adulta.
Quer dizer, um adolescente normal pode ter algumas zangas com os pais, disputas com os seus pares ou alguma rutura afetiva que o perturbe, mas progride no sentido da autonomia e da formação de valores. Um adolescente patológico insulta os progenitores, não passa nos estudos, consome drogas, não namora, nem sai à noite, faz tentativas de suicídio ou foge de casa.
Os professores são agentes privilegiados na deteção de jovens em risco. Um professor atento pode arrumar lentamente os seus papéis a ver se alguém quer falar com ele no fim da aula. Um professor disponível marca um encontro de 10 minutos se pressente que o aluno tem alguma coisa para lhe dizer, mas não trai a sua confiança se a mãe lá aparece a perguntar o que se passa.
Tudo isto é difícil quando as escolas são em regras mastodontes degradados ou edifícios prefabricados de má qualidade, onde alunos em excesso andam de um lado para o outro como quem vai a um emprego aos 50 anos. Os livros de texto falam de matérias estranhas como floresta caducifólia, mas não ensinam as capitais da Europa.
Os professores são mal pagos e às vezes estão lá porque do mal o menos. Ora, o professor pode e deve ser decisivo para estimular a criatividade do aluno ou ajudá-lo num momento difícil. Para isso é preciso que medite na sua atividade e, apesar das condições difíceis, tente promover alguma mudança.
Sem arrogância, aqui vão algumas sugestões para professores de adolescentes:
1 – No princípio do ano escolar, promovam o diálogo com os alunos sobre o que vai ser o trabalho da disciplina. Verifique as expectativas, doseie o entusiasmo de alguns e estimule a maioria.
2 – Mantenha os alunos ativos durante todo o ano. Elabore questões e peça respostas. Trabalhe por problemas e objetivos.
3 – Não fale na importância da participação nas aulas se no fim do período tenciona dar a nota correspondente à média dos testes, quer o aluno participe ou não.
4 – Dê poucos trabalhos de casa; grande parte deles não são feitos ou são copiados antes da aula.
5 – Promova visitas de estudo, tendo em conta as sugestões dos alunos. Não os leve àquilo que acha importante para si mas que não tem nada a ver com eles.
6 – Seja firme em questões de disciplina desde o início. Se não atua rapidamente nesta área, não conseguirá ensinar.
7 – Não vá tomar cafés com os alunos, nem os convide para discotecas. Ensinar não é seduzir (vá apenas com eles se for convidado por um grande grupo. Mesmo assim, reflita).
Daniel Sampaio
A Cinza do Tempo
Lisboa, Ed. Caminho, 1997
(adaptação)
A Cinza do Tempo
Lisboa, Ed. Caminho, 1997
(adaptação)
Felizmente há luar!
A obraA peça em dois atos Felizmente Há Luar!, de Sttau Monteiro, publicada em 1961 e com a qual ganhou o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores, foi suprimida pela censura da ditadura; representada pela primeira vez em 1969, em Paris, só chegaria aos palcos portugueses em 1978, no Teatro Nacional, encenada pelo próprio autor.
Esta peça de estreia de Sttau Monteiro tem como cenário o ambiente político dos inícios do século XIX: em 1817, uma conspiração, encabeçada pelo general Gomes Freire de Andrade, que pretendia o regresso do Brasil do rei D. João VI e que se manifestava contrária à presença inglesa, foi descoberta e reprimida com muita severidade: os conspiradores, acusados de traição à pátria, foram queimados publicamente e Lisboa foi convidada a assistir...
No entanto, esta peça marca também posição, pelo conteúdo fortemente ideológico, como denúncia da opressão que se vivia na época em que foi escrita (1961), sob a ditadura de Salazar. O recurso à distanciação histórica e à descrição das injustiças praticadas no início do século XIX em que decorre a ação permitiu-lhe, assim, colocar também em destaque as injustiças do seu tempo.
Felizmente Há Luar! é um drama narrativo, dentro dos princípios do teatro épico, que descreve a "trágica apoteose" do movimento liberal oitocentista, em Portugal, e interpreta as condições da sociedade portuguesa do início do século XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades secretas, contra o poder absolutista e tirânico dos governadores e do generalíssimo Beresford.
A figura central é o general Gomes Freire de Andrade «que está sempre presente embora nunca apareça» (didascália inicial) e que, mesmo ausente, condiciona a estrutura interna da peça e o comportamento de todas as outras personagens. A ação desenvolve-se à volta desta personagem e da sua execução: da prisão à fogueira, com descrições da perseguição dos governadores do Reino, da revolta desesperada e impotente da sua esposa e da resignação do povo que a "miséria, o medo e a ignorância" dominam.
Gomes Freire, amado por uns e odiado pelos que temem perder o poder, é acusado de chefe da revolta, de estrangeirado e grão-mestre da Maçonaria, por ser um soldado brilhante e idolatrado pelo povo. Os governantes - Miguel Forjaz, Beresford e Principal Sousa - perseguem, prendem e mandam executar o General e os restantes conspiradores através da morte na fogueira. Para eles, aquela execução, à noite, constituía uma forma de avisar, de dissuadir outros revoltosos; para Matilde de Melo, a mulher do General, e para mais pessoas era uma luz a seguir na luta pela liberdade. O general Gomes Freire e mais onze companheiros, acusados de conspirar contra Beresford e o Conselho de Regência no poder, tornaram-se, pela sua morte trágica, nos grandes precursores do liberalismo português e permitiram denunciar a situação do povo que vivia na miséria e dependente das classes dominantes.
Em Felizmente Há Luar! percebe-se, facilmente, que a história serve de pretexto para uma reflexão sobre os anos 60, do século XX. Sttau Monteiro, também ele perseguido pela PIDE, denuncia assim a situação portuguesa, durante o regime de Salazar, interpretando as condições históricas que anos mais tarde contribuiriam para a "Revolução dos Cravos", a 25 de abril de 1974. A agitação e a conspiração de 1817, em vez de desaparecerem com medo dos opressores, permitiram o triunfo do liberalismo em 1834, após uma guerra civil. Também as revoltas e oposição ao regime nos anos 60, de que foi exemplo a candidatura do General Humberto Delgado (em 1958), o assalto ao "Santa Maria" e a Revolta de Beja (1961), em vez de serem uma cedência perante a ameaça e a mordaça, fortaleceram a resistência que levou à implantação da democracia.
Esta peça de estreia de Sttau Monteiro tem como cenário o ambiente político dos inícios do século XIX: em 1817, uma conspiração, encabeçada pelo general Gomes Freire de Andrade, que pretendia o regresso do Brasil do rei D. João VI e que se manifestava contrária à presença inglesa, foi descoberta e reprimida com muita severidade: os conspiradores, acusados de traição à pátria, foram queimados publicamente e Lisboa foi convidada a assistir...
No entanto, esta peça marca também posição, pelo conteúdo fortemente ideológico, como denúncia da opressão que se vivia na época em que foi escrita (1961), sob a ditadura de Salazar. O recurso à distanciação histórica e à descrição das injustiças praticadas no início do século XIX em que decorre a ação permitiu-lhe, assim, colocar também em destaque as injustiças do seu tempo.
Felizmente Há Luar! é um drama narrativo, dentro dos princípios do teatro épico, que descreve a "trágica apoteose" do movimento liberal oitocentista, em Portugal, e interpreta as condições da sociedade portuguesa do início do século XIX e a revolta dos mais esclarecidos, muitas vezes organizados em sociedades secretas, contra o poder absolutista e tirânico dos governadores e do generalíssimo Beresford.
A figura central é o general Gomes Freire de Andrade «que está sempre presente embora nunca apareça» (didascália inicial) e que, mesmo ausente, condiciona a estrutura interna da peça e o comportamento de todas as outras personagens. A ação desenvolve-se à volta desta personagem e da sua execução: da prisão à fogueira, com descrições da perseguição dos governadores do Reino, da revolta desesperada e impotente da sua esposa e da resignação do povo que a "miséria, o medo e a ignorância" dominam.
Gomes Freire, amado por uns e odiado pelos que temem perder o poder, é acusado de chefe da revolta, de estrangeirado e grão-mestre da Maçonaria, por ser um soldado brilhante e idolatrado pelo povo. Os governantes - Miguel Forjaz, Beresford e Principal Sousa - perseguem, prendem e mandam executar o General e os restantes conspiradores através da morte na fogueira. Para eles, aquela execução, à noite, constituía uma forma de avisar, de dissuadir outros revoltosos; para Matilde de Melo, a mulher do General, e para mais pessoas era uma luz a seguir na luta pela liberdade. O general Gomes Freire e mais onze companheiros, acusados de conspirar contra Beresford e o Conselho de Regência no poder, tornaram-se, pela sua morte trágica, nos grandes precursores do liberalismo português e permitiram denunciar a situação do povo que vivia na miséria e dependente das classes dominantes.
Em Felizmente Há Luar! percebe-se, facilmente, que a história serve de pretexto para uma reflexão sobre os anos 60, do século XX. Sttau Monteiro, também ele perseguido pela PIDE, denuncia assim a situação portuguesa, durante o regime de Salazar, interpretando as condições históricas que anos mais tarde contribuiriam para a "Revolução dos Cravos", a 25 de abril de 1974. A agitação e a conspiração de 1817, em vez de desaparecerem com medo dos opressores, permitiram o triunfo do liberalismo em 1834, após uma guerra civil. Também as revoltas e oposição ao regime nos anos 60, de que foi exemplo a candidatura do General Humberto Delgado (em 1958), o assalto ao "Santa Maria" e a Revolta de Beja (1961), em vez de serem uma cedência perante a ameaça e a mordaça, fortaleceram a resistência que levou à implantação da democracia.
quinta-feira, 21 de maio de 2015
As Aventuras de Huckleberry Finn
O livro As aventuras de Huckleberry Finn conta a história de
um jovem que, através da amizade, conseguiu se libertar da cultura americana do
século XIX que tolerava a escravidão. No começo da história, percebemos como
Huck se sentia "fora de lugar", não se sentia pertencente à
sociedade. Ele não se sentia bem nem quando vivia na casa das senhoras, que o
adotaram e tentaram "civilizá-lo" (viúva Douglas e Miss Watson), nem
na companhia do pai, um alcoólatra que o maltratava. Certo dia, seu instinto de
sobrevivência fala mais alto, e Huck foge, forjando sua própria morte.
Em sua jornada, encontra Jim, o escravo de Miss Watson, que
estava fugindo em busca de liberdade. Huck e Jim, de diferentes formas,
compartilhavam a necessidade de se libertarem. Ao longo da história, constroem
uma relação de amizade muito forte. Embora Huck soubesse que Jim era um homem
bom, em diversos momentos vive um profundo conflito entre a sua consciência –
isto é, o que sentia e acreditava que era o certo - e a cultura escravagista da
época, que o condenaria por estar ajudando um negro a fugir.
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