Ode à Poesia
Vagueio pela vida,
Vagueando pela poesia.
Qual chama ardente
No silêncio da noite fria.
Tudo o que fui e o que sou,
Tudo o que em mim se desagrega,
Todo o meu corpo e a minha alma,
A ti, escrita, se entrega.
E quantas lágrimas me secaste
Nas intermináveis horas em que me dedicava,
Do alto da dor mais pura,
A escrever, no leito frio, deitada?
De força superior a qualquer criatura humana,
Poesia, és a liberdade que o sonho desejaria.
És a voraz fala do mais franco olhar.
Poesia, és utopia.
Poesia, és tão somente o reflexo da alma.
És a rejubilante brisa de verão.
Como uma canção de embalar, que acalma.
Poesia, és salvação!
Inês Pereira, 12º ano
Cavaleiro Andante
Sonho que sou um cavaleiro andante
Explorando as antigas ruínas da floresta,
Entre as densas copas das árvores,
O templo perdido de Hakneta!
Mas já me canso de tanto caminhar…
Sem cantorias, porque não aprecio solfejo.
Paro muito. Quero acampar…
E, subitamente, o vejo!
Sem a ajuda de meus vassalos leais,
Ultrapassando armadilhas mortais,
Chego, por fim, à sala do tesouro;
Derroto o guardião, de seu nome Naréem.
O que será que o baú contém?
Uma reluzente e afiada espada… de ouro!
Dinis Leite, 8º ano
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